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Método BLW - Buba Produtos para Bebês

Método BLW: como funciona?

Na abordagem, os bebês comem com as mãos, sentindo o sabor, o cheiro e a textura dos alimentos

A partir dos seis meses de idade é iniciada a introdução alimentar. É o momento em que a alimentação do filhote deixa de ser composta exclusivamente pelo leite materno e passa a contemplar novos sabores e texturas.

Oferecer essas novidades ao pequeno pode parecer um desafio, mas existem diversas formas que podem contribuir para que o primeiro contato do bebê com os alimentos sólidos seja mais proveitoso. É o caso do método BLW.

Do inglês Baby-Led Weaning (desmame guiado pelo bebê), a abordagem chama a atenção dos pais pelo fato de estimular os sentidos e a autonomia.

Os alimentos são oferecidos em pedaços, tiras ou bastões e, para ingeri-los, não há uso de talheres, incentivando a criança a uma experiência mais completa com o alimento.

“Pelo contato direto com o alimento, a criança pode sentir a textura, o sabor, o cheiro e até ouvir os sons que faz ao tocar o prato ou mastigar”, ilustra a nutricionista clínica e materno infantil Natacha Martin, da Clínica NutriCilla (SP).

Mais um benefício do método BLW apontado pela especialista é a confiança. “Isso porque a criança consegue controlar o que e quanto ela vai comer, o que ajuda também no desenvolvimento físico e mental”, destaca. “E ainda aumenta a autonomia, auxilia na melhor aceitação e maior variedade de alimentos.”

Cuidados para colocar o método BLW em prática

Mas tanta independência pode gerar preocupações. Um receio comum de quem conhece o método BLW pela primeira vez é se a criança não tem o risco de engasgar.

E é por isso que são necessários cuidados: os alimentos devem ser oferecidos em pedaços grandes de modo que o pequeno consiga pegar sozinho, mas Natacha também indica que sejam alimentos mais moles justamente para evitar engasgos, como legumes já cozidos e frutas de consistência mole (melancia, melão, laranja, manga). “E lembre-se de evitar alimentos redondos ou em formato de moedas”, ressalta a nutricionista.

Já em relação às escolhas do cardápio, Natacha orienta que a refeição seja composta por uma fonte de calorias (como arroz, batata, mandioca, abóbora) e uma fonte de ferro (veja as opções na arte a seguir). E mais:

  1. Incentive a criança a comer nos horários das refeições da família.
  2. Priorize alimentos in natura, que devem ser apenas cozidos.
  3. Varie o cardápio, evitando a monotonia.
  4. O bebê deve estar sentado e ereto para comer.
  5. A supervisão de um adulto é necessária.
  6. Respeite o ritmo do seu filho.

Cardápio nota 10

Fontes de ferro, as proteínas turbinam a refeição. Escolha uma de origem animal ou uma de origem vegetal, como:

Proteínas animaisProteínas vegetais
CarneFeijão
PeixeLentilha
FrangoGrão-de-bico
OvoBrócolis

Uma porção de paciência

Como a ideia é que o bebê interaja com o alimento, saiba que os adeptos ao método BLW irão se sujar durante as refeições! Para oferecer a liberdade que o pequeno precisa para se alimentar sozinho, e no seu ritmo, é preciso ter paciência.

Mas os esforços podem valer a pena. Além dos benefícios já citados, os futuros hábitos alimentares podem ser melhores para essas crianças. “Como a criança come a mesma comida que a família, isso resulta em crianças menos exigentes em relação ao alimento”, destaca Natacha.

Ressalvas

Com sua abordagem diferenciada, o método BLW pode ser uma opção para a introdução alimentar do bebê. Porém, como salienta a própria Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), esta não é a única forma de alimentação infantil.

Natacha também chama a atenção para possíveis riscos. “A segurança é importante no BLW. Os pais precisam estar seguros do que estão fazendo e preparados para um possível engasgo (se houver)”, salienta.

Para evitá-los, todos os cuidados no preparo e oferta dos alimentos devem ser respeitados. “Oferecer os alimentos de qualquer forma ou sem a orientação e supervisão direta, atenta e correta, isso sim é perigoso!”, alerta a nutricionista.

A profissional ainda ressalta que podem haver contraindicações. É o caso, por exemplo, de bebês nascidos pré-termo (antes de 37 semanas de gravidez), que tenham condições médicas que possam afetar sua capacidade de lidar com alimentos de forma segura ou aqueles com histórico de alergia alimentar na família. Nesses casos, a orientação é que seja discutido com o pediatra a possibilidade de ofertar o método BLW.