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Como fazer o bebê dormir? 4 hábitos essenciais

Você escuta que alguns bebês dormem a noite toda, diferente do seu, e quer descobrir o que fazer para voltar a ter suas noites merecidas de descanso. Afinal, como as pessoas conseguem ficar tanto tempo sem dormir direito? 

Noites mal dormidas são, praticamente, sinônimo de pais de recém-nascidos. É perfeitamente normal os bebês acordarem algumas vezes durante a noite. Ou, eles dormirem bem nos primeiros meses e lá pelo quinto ou sexto mês começarem a ter despertares noturnos.

“É comum vários despertares, do ponto de vista fisiológico, e que nos bebês podem ser explicados por uma imaturidade neurológica, de modo que eles não conseguem voltar a dormir sozinhos”, diz a pediatra e endocrinopediatra Georgette Beatriz de Paula, do Grupo Sabin, que é mestre em Saúde da Criança e do Adolescente pela Unicamp.

Um consenso entre os estudiosos de sono dos bebês é organizar a rotina nos primeiros seis meses de vida. Estabelecer horários para uma noite cada vez mais tranquila. A tendência é evitar que o sono desregulado da criança se estenda por toda a infância, como costuma acontecer com muitas famílias.

Conforme mostrou um importante estudo feito pela Universidade de Warwick, na Inglaterra, com apoio do Instituto Alemão de Pesquisa Econômica (DIW): após acompanhar 2.500 mulheres e 2.200 homens durante 8 anos, pesquisadores chegaram à conclusão que os pais levam, em média, seis anos para recuperar a duração e a qualidade do sono que tinham antes do filho nascer.

E para ajudar você a ter noites mais tranquilas, listamos aqui alguns hábitos saudáveis para a qualidade do sono do bebê e, consequentemente, da família toda. Anote aí:

1. Tenha uma rotina organizada

Bebês adoram repetições e tudo o que é previsível, porque isso garante segurança e conforto. Por isso, é importante ter uma rotina minimamente organizada, repetindo os mesmos cuidados diariamente. “Criar uma rotina do sono, também chamada de higiene do sono, ajuda bastante. Aproximadamente nos mesmos horários, faça as sonecas, dê o banho, faça uma massagem, reduza a luz do quarto e deixe o ambiente mais tranquilo”, recomenda a pediatra Georgette de Paula.

2. Equilibre a alimentação do bebê

É importante encontrar um equilíbrio. Na tentativa de manter o bebê sonolento e pronto para uma noite de sono, é comum querer amamentá-lo bastante. Mas, assim como nós, adultos, não conseguimos ter um sono tranquilo quando comemos algo pesado à noite, com os bebês não é diferente.

3. Respeite as sonecas do dia

É fundamental respeitar as sonecas, por isso, engana-se quem pensa que, se o bebê dormir pouco de dia, ficará com mais sono para dormir a noite inteira. Na verdade, a tendência é acontecer justamente o contrário. Isso porque sem as sonecas diurnas, o nível de hormônios estressantes aumenta e o bebê pode ficar muito irritado. Consequentemente, a qualidade do sono ficará comprometida. Resultado? Ele vai acordar chorando mais vezes!

Mas atenção: não é porque as sonecas são importantes que você deva deixar o bebê dormindo o tempo todo. Especialmente após as 16 horas, mantenha-o acordado para que não fique tão desperto quando a noite chegar.

4. Proporcione um ambiente calmo

Muitos pais reclamam que seus bebês não dormem bem. Mas, a rotina da casa é recheada de ruídos sonoros, muitos estímulos visuais, como televisão ligada por horas e celulares sempre à disposição.

Quanto mais conturbada for a rotina diurna, mais o bebê irá querer “compensar” o que faltou à noite. E aí, é choro e irritação na certa!

“Vale lembrar que a recomendação da Sociedade Brasileira de Pediatria é evitar a exposição de crianças menores de dois anos de idade às telas, mesmo que passivamente. E do segundo ao quinto ano, a recomendação é não ultrapassar 1 hora diária de telas, sempre com a supervisão de um adulto”, alerta a médica.

E quanto mais próximo da noite, mais reduzidos devem ser os ruídos e a claridade. Isso ajuda na produção da melatonina, hormônio do sono, que é produzido ao anoitecer, e participa de processos importantes no desenvolvimento dos bebês.